Competências Verdes, Vontade Global: Principais Lições do ManpowerGroup na Climate Week

Estamos num momento decisivo – com os avanços na IA e as mudanças transformadoras na agenda verde, surge uma oportunidade única de construir uma força de trabalho global, conectada e diversa, onde todos se sintam bem-vindos e motivados a aprender e crescer.

Estes desafios exigem ação coletiva para progredir de forma ambiciosa. Foi por isso que Ruth Harper, Chief Marketing & Sustainability Officer do ManpowerGroup, juntou-se a líderes globais de negócios, governos e ONGs na Climate Week, em Nova Iorque, para partilhar soluções práticas para mitigar as mudanças climáticas – defendendo uma abordagem "People First" que coloca as pessoas e as suas competências no centro da transformação.

Após uma semana de conexões, colaboração e compromisso com a ação, aqui estão os principais destaques da ManpowerGroup:

1. ESG está a Evoluir – Menos Promessas, Mais Progresso

Ruth Harper na Climate Week

“Os requisitos de ESG e sustentabilidade estão a elevar a fasquia, mas a comunidade reconhece que 65-80% do trabalho atual em ESG é focado em reporting.” – Ruth Harper

• Chegou o momento de ir além das promessas e criar mudanças tangíveis. Os líderes de sustentabilidade querem que o ESG se torne um motor de inovação e transformação nas suas organizações, com métricas diretamente ligadas ao desempenho dos negócios. Querem passar de uma mentalidade de conformidade para uma mentalidade de oportunidade e criação de valor. 
  
  
• A implementação da Diretiva de Reporte da Sustentabilidade Corporativa (CSRD) da União Europeia é um exemplo desta evolução. A CSRD está a pressionar as empresas a fornecer dados de sustentabilidade mais abrangentes e auditáveis, exigindo uma colaboração mais próxima entre as equipas de sustentabilidade e os departamentos financeiros. Esta diretiva vai além do cumprimento legal; representa uma oportunidade para as empresas obterem uma visão mais aprofundada das suas operações e impulsionarem mudanças significativas.
  
  
• No seu melhor, o ESG deve ser uma capacidade transversal dentro das organizações. É hora de eliminar os silos organizacionais e capacitar as equipas de sustentabilidade para gerar um impacto real. Isto significa integrar especialistas em sustentabilidade nos processos estratégicos de tomada de decisão e incorporar considerações de ESG em todos os aspetos do negócio, desde o desenvolvimento de produtos até ao marketing e às operações.
  
  

2. Competências Verdes são o Novo Ouro

“A necessidade de competências verdes e talento para impulsionar a transição ecológica é real.” – Ruth Harper

• Muitas empresas estão a comprometer-se com planos ambiciosos que vão alterar significativamente a forma como vivemos, trabalhamos e passamos o nosso tempo de lazer. Desde casas aquecidas por energias renováveis até voos com combustíveis sustentáveis.
  
  
• Competências antigas podem tornar-se novas competências, muitas vezes com apenas um pequeno ajuste. Para ajudar as pessoas a perceber onde as suas competências se enquadram, temos a responsabilidade de desmistificar a nossa definição de competências verdes. Cerca de 50% dos empregos verdes são apenas versões aprimoradas de funções já existentes. Pense, por exemplo, num eletricista que agora precisa de saber sobre materiais energeticamente eficientes. Outros 46% referem-se a empregos que já existem, como instaladores de painéis solares. Apenas 4% são funções completamente novas. Esta transição não é apenas uma transição energética; tem de ser também uma transição de pessoas e competências.
  
  

3. Liderança com uma Visão de Longo Prazo

“As pessoas estão à procura de governos e empresas que façam mais pela ação climática – é tempo de ter uma visão de longo prazo.” – Ruth Harper

• Conversas com líderes como o Professor Bill Barnett da Universidade de Stanford e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, destacaram a importância de uma liderança sustentável e a necessidade de um compromisso contínuo. Mais de dois terços das pessoas querem mais ação climática por parte dos seus governos. É uma chamada de atenção para o facto de, enquanto líderes, termos de dar um passo em frente e corresponder a esta expetativa.

• Sanda Ojiambo, Secretária-Geral Adjunta do Pacto Global das Nações Unidas, destacou quatro pontos-chave que são cruciais para o nosso progresso:

  Pacto para o Futuro: Une as partes interessadas para acelerar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, iniciativas digitais e compromissos intergeracionais.

  Papel do Setor Privado: As empresas impulsionam o progresso através do uso responsável da tecnologia, do envolvimento dos jovens e de ações em áreas como o clima, género, finanças e meio ambiente.

  Parcerias: A colaboração entre setores é essencial para a mudança, com foco em ação, velocidade, abrangência e escala.

  Resultados Tangíveis: Passar de compromissos para resultados mensuráveis e com impacto real.

Sanda Ojiambo (esquerda) com Ruth Harper (direita) na Climate Week

"Tanto por fazer. Tanto talento comprometido com isso. As promessas foram feitas, agora começa o trabalho prático, pragmático. O verdadeiro desafio." – Ruth Harper

Não Podemos Fazê-lo Sozinhos. Eis Como Pode Contribuir:

• Candidatos: Explore as carreiras verdes que temos para oferecer. Queremos que as oportunidades na economia verde sejam acessíveis a todos, independentemente da sua formação ou experiência.

• Empregadores: Reavalie a sua força de trabalho sob uma perspetiva verde. Analise como pode formar e requalificar os seus colaboradores para que todos possam participar na transição ecológica.

• Educadores: Integre competências verdes e sustentabilidade nos currículos, em todos os níveis, preparando as novas gerações para os empregos do futuro e promovendo uma transição inclusiva.

• Todos: Mantenha-se informado, comprometido e procure formas de tornar o seu trabalho quotidiano mais sustentável. Defenda práticas inclusivas no seu local de trabalho e na sua comunidade que garantam que os benefícios de uma economia verde são partilhados por todos.
  
  

Temos o poder de criar mudanças significativas. É tempo de transformar os desafios climáticos em oportunidades – para os trabalhadores, para as empresas e para o planeta. À medida que navegamos a transição para uma economia neutra em carbono e positiva para a natureza, o nosso princípio orientador deve ser garantir que ninguém fique para trás. Afinal, todos somos consumidores deste belo planeta que chamamos de lar.

Saiba mais sobre como a ManpowerGroup está a fazer a diferença explorando o nosso mais recente relatório “Working to Change the World” sobre ESG.