91% das empresas nacionais não tem o talento necessário para concretizar a sua estratégia de ESG
91% das empresas nacionais não tem o talento necessário para concretizar a sua estratégia de ESG
O ManpowerGroup revela quais os principais fatores que irão marcar as estratégias de gestão de talento em 2024
Entre avanços tecnológicos, mudanças nos modelos de trabalho e a crescente importância de valores socioambientais, a capacidade das organizações se adaptarem às alterações do mercado é crucial para prosperarem num cenário cada vez mais complexo e dinâmico. Neste sentido, face a todas as transformações e desafios que têm vindo a moldar um cenário laboral em constante evolução, as prioridades estratégicas das organizações estão, também elas, a evoluir, especialmente no que respeita à gestão de talento.
É neste sentido que o ManpowerGroup, no seguimento do lançamento do ManpowerGroup Employment Outlook Survey, identifica os principais fatores que já estão a marcar as estratégias de gestão de talento das empresas e que se continuarão a fazer sentir no mundo do trabalho no próximo ano.
“Temos vindo a identificar alguns fatores que estão já a influenciar as estratégias das empresas no que respeita à sua gestão de talento e que irão continuar a ser muito relevantes em 2024. Desde 2011 que o ManpowerGroup identificou a Human Age - uma era onde o capital humano se revela o maior diferenciador das empresas e motor do crescimento económico – e, muito embora o progresso tecnológico dos últimos anos, e em especial os desenvolvimentos ao nível da Inteligência Artificial, levantem dúvidas e receios, os nossos estudos e a evolução que observamos no mundo do trabalho mostram-nos que o ser humano continuará a ser o catalisador do futuro das organizações.”, afirma Rui Teixeira, Diretor Geral do ManpowerGroup Portugal.“É, por isso, cada vez mais essencial ampliar o potencial humano, para reforçar a produtividade das empresas e o seu sucesso; e é isso que este estudo nos mostra por parte dos empregadores. Estamos, sem dúvida, perante um futuro do trabalho mais tecnológico, verde e, sobretudo, mais humano.”
Promoção do bem-estar dos profissionais como fator de atração e retenção
Num panorama em que a escassez de talento se mantém em níveis nunca antes registados, com 84% dos empregadores portugueses a revelarem dificuldade em recrutar os perfis desejados, segundo o Talent Shortage Survey do ManpowerGroup, os empregadores precisam de continuar a procurar formas criativas e eficazes de preencher as posições que lançam para o mercado.
A promoção do bem-estar dos trabalhadores será o principal fator a impactar a definição das estratégias de talento em 2024, sendo referido por 83% dos empregadores inquiridos. Esta preocupação é cada vez mais relevante, considerando que, atualmente, os profissionais procuram e privilegiam empregadores que promovam uma cultura de trabalho saudável e equilibrada, com programas que abordem a sua saúde física, mental e emocional.
Atração de talento para perfis especializados
À medida que a economia se digitaliza, que as empresas procuram transformar os seus modelos de negócio e que a transição verde ganha tração, os perfis de competências mais procurados estão, também eles a evoluir, não encontrando espelho do lado da oferta. Este desencontro de competências leva a que os empregadores não consigam ocupar as vagas que lançam, ampliando assim a escassez de talento.
Assim, 75% dos empregadores inquiridos, indicam a atração de talento para perfis especializados como um dos principais fatores que irá condicionar a definição das suas estratégias de talento no próximo ano.
Gestão do impacto da transição digital e da inteligência artificial
À medida que a transformação digital acelera o seu curso e que surgem novas ferramentas tecnológicas, como é o caso das soluções baseadas em inteligência artificial (IA), as organizações precisam de redefinir as suas estratégias de talento para conseguirem acompanhar a evolução e responder aos desafios emergentes. Na verdade, 7 em cada 10 empregadores identificam a transição digital e IA como fatores que irão a impactar as suas estratégias de gestão de talento, no próximo ano, sendo este efeito sentido principalmente nos setores dos Transportes, Logística e Automóvel (79%) e da Saúde e Ciências da Vida e dos Serviços de Comunicação (ambos com 75%). Este é igualmente um dos fatores mais relevante para os empregadores do setor de Tecnologias de informação, posicionando-se como segunda prioridade e sendo referido por 67% dos empregadores desta área.
Quando questionados sobre os principais desafios relacionados com a Inteligência Artificial, na gestão de talento, os empregadores revelaram que encontrar perfis qualificados, formar as equipas para desenvolverem competências que lhes permitam tirar partido da IA e definir as funções que podem beneficiar desta tecnologia são os processos mais desafiantes, com 25%, 23% e 22% das organizações a reforçar estes fatores, respetivamente. Ainda assim, 8 em cada 10 empregadores afirmam estar já a analisar funções relacionadas com a Inteligência Artificial, o que reafirma o impacto que a transformação digital e o avanço tecnológico irão ter nas estratégias de talento do próximo ano.
Manutenção das equipas mesmo quando estas já não são totalmente necessárias
Muitas das organizações que tinham sido forçadas a abdicar de talento interno durante o período pandémico, enfrentaram posteriormente importantes desafios na atração de talento, no pós-pandemia, quando a atividade económica recuperou e as empresas necessitaram aumentar as suas equipas para responder ao aumento da procura. Este cenário foi ainda agravado pela necessidade de contratarem perfis especializados que acompanhassem a gradual transformação dos modelos de negócio, à medida que a transformação digital foi ganhando tração.
Atualmente, as empresas ainda têm muito presentes as dificuldades de atração de talento sentidas nesse momento e que são ainda acentuadas por uma escassez de talento que perdura. Por isso, e apesar do cenário político e económico continuar a exigir uma atitude cautelosa dos empregadores, 69% dos inquiridos aponta que um dos fatores que mais está a marcar as suas prioridades da gestão de talento, no próximo ano, passa por procurar manter as equipas mesmo quando estas já não são totalmente necessárias, evitando assim o despedimento dos profissionais.
Transição verde
Num contexto altamente marcado pelas questões ambientais, temas como a sustentabilidade, os fenómenos climáticos e a transição energética têm vindo a tornar-se cada vez mais relevantes nas estratégias das organizações, nomeadamente no que toca às suas necessidades de talento. Hoje, 69% das empresas salientam a transição verde como um fenómeno com impacto nas suas estratégias de gestão de talento para o próximo ano, e 70% dos empregadores a nível global estão já a recrutar para empregos e competências verdes ou planeiam fazê-lo, segundo o Green Jobs Report do ManpowerGroup.
Atualmente, os empregadores estimam que todas as competências técnicas terão de mudar pelo menos em 55% para acomodar práticas mais sustentáveis, sendo que as competências de sustentabilidade são aquelas que mais terão de evoluir para se adequar à transição verde, evoluindo 61%, seguindo-se as áreas de operações e logística (59%) e de produção (57%).
Descarregue a infografia e fique a conhecer todas as conclusões deste estudo!
91% das empresas nacionais não tem o talento necessário para concretizar a sua estratégia de ESG
Portugal é o 5º país do mundo com mais dificuldades em contratar
Quatro principais tendências e desafios de talento no Setor Industrial Nos últimos anos, o setor industrial tem vindo a sofrer grandes mudanças, que ocorrem a um ritmo cada vez mais acelerado. Hoje,...