Quase 70% dos trabalhadores afirma estar preparado para abraçar a transição verde
Temáticas como as questões ambientais e a transição verde – impulsionadas pela urgência de combate às alterações climáticas e pela necessidade de promover um mundo mais sustentável – têm estado a redefinir o panorama do mundo trabalho à escala global. À medida que a transição global para uma economia mais verde acelera, surgem novas oportunidades e desafios, tanto para as empresas como para os profissionais, que precisam de se adaptar continuamente para dar resposta às novas necessidades.
Ciente da importância desta realidade, o ManpowerGroup apresenta o Green Business Transformation Whitepaper, estudo no qual revela o impacto da transição verde no mundo do trabalho.
"As questões ambientais devem ser, hoje, uma realidade inerente às estratégias de qualquer empresa, independentemente do setor. A crescente exigência por medidas de combate às alterações climáticas, tanto por parte dos consumidores como dos investidores e decisores políticos, está já a acelerar a necessidade de as empresas concretizarem a sua transição verde, o que irá impactar não só os modelos de negócio, mas também as qualificações necessárias por parte do talento.” destaca Rui Teixeira, Diretor Geral do ManpowerGroup Portugal.
“Por esse motivo, é importante olhar para a perceção do talento e para o impacto da atual escassez de competências verdes nas estratégias das empresas e no próprio mercado de trabalho. À medida que as empresas aceleram os seus esforços de sustentabilidade, é fundamental incluir os trabalhadores nesse processo, ajudando-os a perceber qual o seu papel nessa transformação e como podem desenvolver as suas carreiras. Neste âmbito, a aposta das empresas na capacitação e reconversão dos profissionais é fundamental, como forma de desenvolver as competências verdes de que o mercado necessita e a reforçar a sua empregabilidade futura.” conclui.
62% dos candidatos afirmam investigar a reputação ambiental das organizações e 35% revelam que isso influencia a sua decisão de aceitar ou recusar um emprego, sendo que este comportamento é mais acentuado na Geração Z e no setor das Tecnologias da Informação e de Finanças e Imobiliário
A sustentabilidade e as ações de combate aos problemas ambientais têm vindo a ter, cada vez mais, um peso acentuado nas decisões de emprego dos profissionais. De facto, estes revelam-se já fatores capazes de influenciar os trabalhadores quando confrontados com uma proposta de emprego.
Segundo o estudo, praticamente dois terços dos trabalhadores (62%) afirmam que investigam a reputação ambiental das organizações, e aproximadamente um terço (35%) afirmam que isso influencia a sua decisão de aceitar ou recusar uma oferta de emprego. Este comportamento é mais acentuado na Geração Z, em que quase metade dos profissionais (46%) acreditam que a reputação ambiental impacta a sua probabilidade de escolher uma empresa em particular.
65% dos trabalhadores revelam que a sua perceção em relação ao impacto da transição verde na sua carreira é positiva, e 56% afirmam acreditar que irá criar novas oportunidades no seu trabalho
Quando questionados sobre a sua perceção em relação ao impacto da transição verde no seu trabalho e carreira, a maioria (65%) revelou que o seu sentimento é positivo. A confiança foi a resposta mais utilizada para descrever o futuro impacto dessa transição na sua carreira, destacada por 29% dos trabalhadores, seguindo-se do entusiasmo, referido por 27%. Apenas 15% revelam que a sua perceção do impacto da transição verde na sua carreira é negativa.
Mais de metade dos trabalhadores afirmam estar preparados para abraçar a transição verde e 47% consideram que a competência verde mais importante é a consciência do impacto ambiental da sua função
66% dos profissionais afirmam estar preparados para abraçar a transição verde. Contudo, existe um desequilíbrio entre os trabalhadores white colar – associados a tarefas mais administrativas e de gestão– e blue colar, profissionais cujas funções requerem mão-de-obra física. Se, por um lado, 70% dos trabalhadores white collar afirmam estar já preparados para abraçar a transição verde, apenas 57% dos trabalhadores blue collar sentem o mesmo.
Quanto à perceção dos trabalhadores sobre as competências que consideram mais importantes no âmbito da transição verde, embora skills como a criatividade e inovação (33%), a resolução de problemas (32%) e as competências em tecnologias da informação (26%) sejam valiosas, 47% destacam como fundamental a consciência do impacto ambiental da sua função. Esta consciência é, assim, percecionada como sendo essencial para a inclusão dos trabalhadores na transição verde e a principal competência necessária para que os profissionais consigam tornar a sua função mais verde.
Cinco principais conclusões para os empregadores
Face à perceção dos profissionais, para que os empregadores consigam promover a transição verde e potenciar, paralelamente, o talento, é importante que considerem as cinco principais conclusões que podem ser retiradas desta análise e as integrem na definição das suas estratégias de talento com competência verdes:
Com base em questionários a quase 39.000 empregadores e mais de 5.000 trabalhadores em todo o mundo, os resultados do Green Business Transformation Whitepaper sublinham a urgência de as organizações cumprirem os seus objetivos e compromissos ambientais, num contexto onde a convergência de escassez de talento, crescentes alterações climáticas e disrupção tecnológica levantam importantes desafios ao progresso das estratégias de sustentabilidade nas organizações.
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