De Modelos de Trabalho Flexível a Cadeias de Abastecimento Mais Resilientes, O Futuro do Trabalho Está a Mudar
2022 tem o potencial de ser um dos anos mais transformadores da história recente. Desde trabalhadores que assumem mais controlo das suas vidas profissionais até à cada vez mais presente guerra pelo talento, passando pela rápida aceleração da digitalização de empresas e modelos de negócio ou pela crescente necessidade das empresas se tornarem mais sofisticadas; surgiram várias tendências que terão impacto em organizações de todas as dimensões e nas pessoas que nelas trabalham.
São essas tendências emergentes transformadoras que estão no centro do último estudo do ManpowerGroup e que se focam no panorama laboral de 2022. “The Great Realization: Novas tendências, com maior impacto” identifica as 20 principais tendências que irão moldar o mundo do trabalho ao longo do novo ano e em diante.
As Tendências Que Alimentam A Transformação Não São Novas, Mas São Cada Vez Mais Prementes
- O impacto da pandemia combinado com a aceleração da transformação digital continuará a trazer uma profunda transformação aos mercados de trabalho globais. Os dados e insights do ManpowerGroup confirmam que as mudanças estruturais e tendências que prevemos há algum tempo continuam a acelerar o seu ritmo de expansão.
- Esta recuperação é diferente de todas as que alguma vez vimos - a procura de competências está em níveis recorde em muitos mercados, mas os níveis de desemprego ainda são elevados em muitos desses mercados devido à a paralisação voluntária de muitos trabalhadores.
- O crescimento económico é desigual, com alguns mercados a recuperar bem, enquanto outros se atrasam, prejudicados pelas variantes da Covid, pelas taxas de vacinação desequilibradas e pelos desafios nas cadeias de abastecimento, até agora hiper-eficientes.
- Os testes de implementação de novos modelos de trabalho aumentam, com o trabalho híbrido e remoto a ampliar a flexibilidade.
- Os empregadores continuam a procurar soluções flexíveis e estratégicas de gestão do talento, para responder à atual procura dos seus bens e serviços e fomentar a criação de valor sustentável a longo prazo.
À medida que entrarmos em 2022, e avançamos para uma realidade pós-pandémica, as empresas são cada vez mais conscientes da necessidade de fazer mais para atrair e reter trabalhadores qualificados e diversos, ao mesmo tempo que as pessoas esperam mais dos seus empregadores para prosperar no trabalho.
O Poder Está Do Lado Dos Trabalhadores
Agora, talvez mais do que nunca, as pessoas querem que os seus empregadores ofereçam mais. Querem que seja dada prioridade à sua saúde mental e bem-estar, ao mesmo tempo que procuram também objetivos motivadores, flexibilidade, remuneração competitiva, boas condições de trabalho e desenvolvimento de competências. Além disso, muitos trabalhadores também esperam uma posição mais forte dos seus empregadores em questões socioeconómicas. Com quase metade de todos os trabalhadores a dizer que se mudariam para uma organização que oferecesse melhores condições de bem-estar, se um empregador atual não for ao encontro do que os seus colaboradores procuram, corre o risco de ver as pessoas partirem por melhores condições de trabalho.
A Escassez Global De Talento Continua A Desafiar As Organizações
A guerra pelo talento é cada vez mais desafiante, com quase 70% dos empregadores a relatar que não conseguem recrutar pessoas suficientes com as competências de que necessitam. As alterações demográficas, incluindo a diminuição das taxas de natalidade, a redução na mobilidade entre fronteiras e o aumento do número de pessoas que optam por se reformar mais cedo do que o previsto, significam que o talento está a tornar-se cada vez mais escasso. As empresas devem agora ser ainda mais criativas para atrair, reter, qualificar e requalificar o melhor talento.
Tecnologia e Digitalização são mais importantes do que nunca
O investimento na digitalização acelerou, com mais de 80% das organizações a ampliar os seus esforços de digitalização como resultado da pandemia. Tanto consumidores como trabalhadores esperam agora que a tecnologia torne mais fácil a forma como vivem e trabalham. Com esta mudança, há uma nova urgência para que as organizações capacitem e requalifiquem os seus colaboradores, para que estes possam traduzir dados em insights, tomem decisões baseadas em dados, e possam combinar o melhor da aprendizagem humana e do machine learning para ampliar a criação de valor.
As empresas assumem o controlo do seu próprio destino
A pandemia revelou várias realidades difíceis para as empresas, que se tinham tornado demasiado dependentes de outras para manterem as suas operações a funcionar sem problemas. De facto, 83% das organizações acreditam que precisam hoje de maior rapidez e agilidade para poderem lidar melhor com a mudança. Como resultado, as empresas estão a tornar-se cada vez mais sofisticadas; transformando a forma como fazem negócios, e procurando modelos operacionais mais ágeis, cadeias de fornecimento mais resilientes, opções mais ecológicas, e parceiros e soluções mais consolidadas, em resposta a uma concorrência mais aguerrida, à crescente imprevisibilidade e a exigências de maior transparência.
Embora estas 4 grandes áreas temáticas e as respetivas tendências não sejam novas, assumiram uma urgência renovada à medida que continuamos a transição para a fase seguinte do que parece ser o novo normal. Estas 20 tendências, e o que significam para o futuro do trabalho e dos trabalhadores, representam o ponto de viragem para o que vemos no horizonte em termos de como as empresas em todo o mundo terão de evoluir e adaptar-se para terem êxito nesta nova era de normalidade. A mudança é constante, e nenhuma organização é imune à forma como o atual mundo do trabalho está a ser redefinido.
Para mais informações sobre as 20 principais tendências para o Mundo do Trabalho em 2022, descarregue o estudo: The Great Realization: Novas tendências, com maior impacto.