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Escassez de Talento em Portugal - 2025

Written by ManpowerGroup Portugal | Feb 10, 2025 12:00:00 PM

Portugal é o 3º País do Mundo com Mais Dificuldades em Contratar

As empresas nacionais e globais continuam a revelar uma acentuada dificuldade em encontrar os perfis que procuram, levando a escassez de talento a atingir novamente níveis recorde. De acordo com o Global Talent Shortage Survey 2025, realizado pelo ManpowerGroup, a escassez de talento em Portugal voltou a acentuar-se e atinge agora os 84%, depois de em 2023 ter concedido um ligeiro alivio, ao situar-se nos 81%.

Portugal ocupa, assim, a 3ª posição entre os países com maior escassez de profissionais, superando a média global de 74%. Apenas a Alemanha e a Israel registam valores superiores, a fixarem-se nos 86% e 85%, respetivamente.

"A transformação digital, os novos modelos de negócio e a transição verde têm vindo a modificar, há já alguns anos, o panorama das competências mais procuradas no mercado, algo que a crescente adoção da IA veio ainda acentuar. Infelizmente, o ciclo de renovação de competências dos trabalhadores não é tão acelerado e, mesmo que estejamos a observar algum alívio na procura, associado à instabilidade geopolítica e económica mundial, a escassez de talento em Portugal agravou-se.” começa por explicar Rui Teixeira, Country Manager do ManpowerGroup Portugal.Face a este cenário, as empresas estão a confirmar a sua aposta em estratégias inovadoras, que lhes permitam construir esse talento com programas de reskilling e upskilling, bem como atender às prioridades fundamentais dos trabalhadores em termos de retribuição, mas também mais flexibilidade e autonomia.”, conclui.

 

Vendas e Marketing, IT e Data e Recursos Humanos: Competências Mais Procuradas em Portugal

As empresas continuam a procurar ativamente perfis com as competências necessárias para promover o seu crescimento, concretizar a transformação digital e assegurar o talento que lhes permita executar essas estratégias. Neste sentido, as funções mais procuradas e difíceis de contratar correspondem a competências de Vendas e Marketing (23%), IT e Data (22%) e Recursos Humanos (21%). Seguem-se as funções de Engenharia e de Operações e Logística, referidas por 21% e 20% dos empregadores, respetivamente.

 

Setores da Saúde e Ciências da Vida, Indústria Pesada e Materiais, e Bens e Serviços de Consumo com Maior Escassez de Talento

Entre os setores analisados no estudo, o setor da Saúde e Ciências da Vida é o que apresenta uma escassez de talento mais elevada, com 91% das empresas nacionais desta área a revelarem dificuldades na contratação, o que traduz um agravamento de 5 pontos percentuais face a 2024.  Segue-se o setor da Indústria Pesada e Materiais, com 88% dos empregadores a revelar dificuldades na contratação, numa progressão de 4 pontos percentuais comparativamente ao ano passado. 

Já o setor de Bens e Serviços de Consumo registou um valor de 87%, correspondente também a um aumento de 5 pontos percentuais em comparação com o ano anterior. Nesta área, a escassez de talento é especialmente acentuada em competências de Vendas e Marketing (37%), Recursos Humanos (24%) e Operações e Logística (23%)

No final da tabela, com valores de 77% e 76%, respetivamente, encontram-se os setores dos Serviços de Comunicação e Tecnologias de Informação (TI), ambos com uma redução de 4 pontos percentuais face a 2024. A este nível os empregadores nacionais revelam um menor alinhamento com o comportamento do resto dos países, já que, a nível global, as TI são o terceiro setor com maior escassez de talento.

Estratégias para Abordar a Escassez de Talento

Face às atuais dificuldades de contratação, os empregadores estão a adaptar as suas estratégias para se alinharem com as preferências de candidatos e trabalhadores, e reforçarem a sua capacidade de atrair e reter talento.

  • Aposta em upskilling e reskilling: Para 31% dos empregadores, capacitar equipas com novas competências é a prioridade, permitindo enfrentar desafios e preparar o futuro.
  • Valorização salarial: 27% das organizações estão a reforçar os pacotes salariais, uma resposta direta às pressões da inflação e ao impacto no poder de compra.
  • Flexibilidade como diferencial: 18% dos empregadores destacam a oferta de horários ajustáveis, enquanto que 16% promovem autonomia na escolha do local de trabalho.
  • Expansão de horizontes no recrutamento: A exploração de novas bases de talento é também uma abordagem cada vez mais relevante, sendo mencionada por 18% dos empregadores.

 

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